segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Estaquia de Azaleia
CULTIVAR TERRA NOVA TRATADAS COM ÁCIDO INDOLBUTÍRICO,
COM O USO OU NÃO DE FIXADOR
Elisabete Domingues Salvador1
Sidney Osmar Jadoski1
Juliano Tadeu Vilela Resende1
RESUMO
O experimento teve como objetivo avaliar o enraizamento de estacas de
Azaléia – cultivar Terra Nova – tratadas com ácido indol-butírico, com o uso
ou não de gelatina como fixador. Foram avaliados os tratamentos 1,5 g AIB/
L; 1,5 g AIB/L e fixador; 2,0 g AIB/L; 2,0 g AIB/L e fixador; 2,5 g AIB/L;
2,5 g AIB/L e fixador. Não foram detectadas diferenças significativas para
doses de ácido indol-butírico e uso ou não de fixador para as características
de enraizamento avaliadas.
Palavras-chave: azaléia; enraizamento; ácido indol-butírico
ABSTRACT
The experiment had as objective to evaluate the process of root development
of cuttings of “Azalea Cultivar Terra Nova” treated with indol butyric acid
with and without the use of gelatin as fixative. It was evaluated the treatments
with 1,5 g IBA/L; with 1,5 g IBA/L and the fixative; with 2,0 g IBA/L; with
2,0 g IBA/L and the fixative; with 2,5 g IBA/L; with 2,5 g IBA/L and the
fixative. It was not detected significant differences for the doses of indol butyric
acid with or without the use of gelatin as fixative in the characteristics of the
process of root development evaluated.
Key words: azalea; the process of root development; indol butyric acid
1 Docentes do Departamento de Agronomia da UNICENTRO. Rua Simeão C. Varela de Sá, 03
Ambiência Guarapuava, PR v.1 n.1 p. 21-24 jan./jun. 2005 ISSN 1808 - 0251
Ambiência - Revista do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais V. 1 No 1 Jan/Jun. 2005
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INTRODUÇÃO
A Azaléia mais cultivada no Brasil é da espécie Rhododendron indicum e
seus híbridos, de flores arroxeadas, brancas ou róseas. Podem ser propagadas tanto
sexuada quanto assexuadamente. A propagação sexual é feita em programas de
melhoramento genético, quando se pretende obter novos híbridos. Em escala comercial a
mais utilizada é a propagação vegetativa, através de estacas, de cinco a sete centímetros
de comprimento.
A propagação vegetativa é o processo de divisão e diferenciação de células,
sem a participação de órgãos sexuais. É baseada na capacidade de regeneração de um
vegetal, ou seja, na obtenção de uma nova planta a partir de partes de outras já existentes.
A constituição genética de um indivíduo é mantida intacta nos seus descendentes, com o
uso da propagação assexuada (CASTRO et al., 1992, MARTINS & NADONLY, 1996).
Visando o aumento da percentagem de estacas enraizadas, a aceleração da
formação das raízes, aumento do número e qualidade das raízes formadas em cada estaca
e uniformidade no enraizamento, têm-se desenvolvido estruturas especiais para a
propagação e técnicas de aplicação de substâncias reguladoras de crescimento, tanto
naturais como sintéticas (CASTRO et al., 1992).
Hormônios são substâncias produzidas pelas plantas que em baixas
concentrações regulam seus processos fisiológicos. Usualmente eles se movem na planta
de um sítio de produção para um sítio de ação (MAHSTEDE, HABER, 1957 apud
CECILIO FILHO et al., 1993). Já reguladores de crescimento são substâncias sintéticas,
produzidas em laboratórios e não produzidas pelas plantas, mas que, quando aplicadas às
plantas, produzem efeitos semelhantes aos hormônios vegetais (FERRI, 1979).
Este experimento teve como objetivo avaliar o enraizamento de estacas de
Azaléia cultivar Terra Nova tratadas com ácido indol-butírico, com o uso ou não de gelatina
como fixador.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento com a cultura da Azaléia Rhododendron indicum – cultivar
Terra Nova – foi conduzido em casa de vegetação, no setor de Floricultura do
Departamento de Agronomia, da Universidade Estadual do Centro-Oeste. Estacas de
ponteiro de azaléia foram coletadas com cinco a sete centímetros de comprimento,
deixando-se em cada estaca dois pares de folhas. As estacas foram tratadas mergulhandoas
numa solução de hipoclorito de sódio a 1%, por cinco minutos.
O delineamento estatístico utilizado foi o inteiramente casualisado, com 20
estacas por parcela, seis tratamentos e 4 repetições. Foram estudadas três doses de
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Ácido Indol-Butírico (AIB) na presença ou não de um fixador (gelatina), sendo os
tratamentos avaliados 1,5 g AIB / L água, sem gelatina; 1,5 g AIB / L água, com gelatina;
2,0 g AIB / L água, sem gelatina; 2,0 g AIB / L água, com gelatina; 2,5 g AIB / L água, sem
gelatina; 2,5 g AIB / L água, com gelatina.
Foram preparadas soluções com 100 mL de água, misturando-se o AIB e o
fixador com o auxílio de um liquidificador. Todos os tratamentos foram colocados na
geladeira por 60 minutos para a geleificação. Após esse período as estacas foram
mergulhadas nas soluções testadas e imediatamente plantadas.
Utilizaram-se bandejas de isopor de 200 células, preenchidas com substrato
comercial à base de casca de etenos e vermiculita. As bandejas foram irrigadas
abundantemente e foi deixado o excesso de água drenar. Estacas foram mergulhadas nas
soluções testadas e plantadas a dois centímetros de profundidade. Na seqüência, as
bandejas foram envolvidas em uma camada de tecido não tecido (TNT) e em duas camadas
de plástico transparente.
Semanalmente fez-se avaliação visual do crescimento radicular das estacas,
para determinar o momento ideal da avaliação do ensaio. No final do experimento avaliouse
o comprimento das raízes, o volume do sistema radicular e o peso da matéria seca do
sistema radicular.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na característica comprimento do sistema radicular, o tratamento com 250
ppm de AIB na presença de fixador, mostrou os melhores resultados, apesar de não ser
significativamente diferente dos demais. O mesmo resultado foi observado quando se
avaliou o volume do sistema radicular. Quando foi utilizada a dose de 250 ppm da AIB na
presença de fixador, o volume de raízes foi superior. Também se pode observar que a
presença de fixador apresentou melhores resultados nas duas características acima citadas.
Com relação ao peso da matéria seca do sistema radicular, não foi observada diferença
entre dosagens utilizadas e o uso de fixador.
Não foram detectadas diferenças significativas para doses de Ácido Indol-
Butírico (AIB) e para o uso ou não de fixador para as características de enraizamento
avaliadas. Os resultados são de certa forma esperados em experimentos exploratórios
como esse, justificados aqui pelo reduzido volume de informações disponíveis,
especialmente nas condições brasileiras.
Em produções comerciais de Azaléia, normalmente faz-se a imersão das
estacas em solução contendo 200 ppm de AIB. De acordo com os dados obtidos nesse
experimento, pode-se recomendar a utilização de 150 ppm de AIB, sem prejuízo no
enraizamento, por se tratar da dosagem mais econômica.
SALVADOR, E. D.; JÚNIOR, J. L. F.; JADOSKI, S. O.; RESENDE, J. T. V.
Ambiência - Revista do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais V. 1 No 1 Jan/Jun. 2005
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Tabela 1. Comprimento do sistema radicular (cm)
Nota: Medidas seguidas da mesma letra não diferem significamente, ao nível de 5%, Teste de Tukey
Tabela 2. Volume do sistema radicular (ml)
Nota: Medidas seguidas da mesma letra não diferem significamente, ao nível de 5%, Teste de Tukey
Tabela 3. Peso da matéria seca do sistema radicular (g)
Nota: Medidas seguidas da mesma letra não diferem significamente, ao nível de 5%, Teste de Tukey
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVARENGA, A.A.; PAIVA, R. Propagação de espécies arbóreas, arbustivas e
herbáceas com potencial para recuperação de ambientes degradados e margens de
reservatórios hidrelétricos, ESAL, Lavras, 1994. 62p.
CASTRO, C.E.F.; SILVEIRA, R.B. de A.; PEREIRA, I.T. de M. Propagação de plantas
ornamentais, Manual de floricultura, UEM, Maringá, 1992. P. 53-79.
CECILIO FILHO, A.B., SOUZA, J.C.; ALVARENGA, A.A. Enraizamento de estacas,
ESAL, Lavras, 1993. 28 p.
FERRI, M.G. Fisiologia vegetal, EPU/USP, v. 2, São Paulo, 1979. 392 p.
MARTINS, S.S.; NADOLNY, M.C. Produção de mudas – Técnicas para reprodução de
espécies florestais pelos métodos sexuado e assexuado, Manual do Instrutor, Serviço nacional
de Aprendizado Rural, março de 1996, 18 p.
Doses de AIB Com fixador Sem fixador
150 ppm 3,14 a 3,00 a
200 ppm 3,39 a 3,27 a
250 ppm 3,55 a 3,32 a
Doses de AIB Com fixador Sem fixador
150 ppm 5,30 a 4,20 a
200 ppm 6,45 a 5,40 a
250 ppm 6,50 a 5,50 a
Doses de AIB Com fixador Sem fixador
150 ppm 0,20 a 0,20 a
200 ppm 0,30 a 0,26 a
250 ppm 0,25 a 0,29 a
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Esse processo se realizaria caso os ATP’s da célula fossem bloqueados? Justifique.
As células humanas realizam esse processo com qual finalidade?
Dê 2 exemplo de duas células humanas que realizam esse processo.
Para alguns protozoários que também realizam esse processo, a finalidade da fagocitose é a mesma da espécie humana? Justifique.
Classifique os meios responsáveis pelo aspecto das hemácias em I, II e III.
Denomine os processos indicados em A e B que resultaram nas células II e III.
Denomine o que ocorreu com as células II e III.
Denomine os processos 5 e 6 e classifique-os quanto ao gasto de energia da célula.
Qual é a relação existente entre o organóide A e o de número 1?
Explique a diferença existente entre as estruturas 2 e 3.
Cite a finalidade do processo representado.
A estrutura 1 é um polissacarídeo. Qual a organela que deu origem a ela.
O que aconteceria a essa célula, caso as estruturas de número 3 fossem eliminadas?
terça-feira, 6 de abril de 2010
ESTUDO DE CASOS Nº 1 ECOLOGIA
Sem bichos, a floresta morre
O biólogo Maruo Galetti da Universidade Estadual Paulista, em Rio Claro, estuda as conseqüências da redução de populações de cutias (Dasyprocta spp), mamífero roedor, na dispersão de sementes do jatobá (Hymenaea courbaril) em áreas remanescentes de Mata Atlântica. Assim como outras espécies da família das leguminosas e algumas palmeiras, o jatobá tem sementes muito grandes - mais de 2,5 centímetros de diâmetro. Plantas com sementes grandes, que nenhuma ave consegue engolir, são as mais ameaçadas em
fragmentos florestais. Elas são dispersas exclusivamente por antas (Tapirus terrestris) e cutias. Como as antas são amplamente caçadas até sua extinção local, as cutias herdam o título de únicos dispersores de sementes grandes nos fragmentos florestais. Assim como o esquilo, a cutia come algumas sementes e enterra as restantes, para ter alimento em outra estação. Quando ela muda de território, esquece alguma semente ou é predada por felinos, a semente abandonada germina e dá origem a nova planta. Galetti revela que a cutia também é alvo de caçadores em fragmentos de mata do interior de São Paulo, o que ameaça a sobrevivência do jatobá e de outras 50 espécies de árvores de frutos grandes, que têm no animal seu único dispersor - entre elas várias espécies de palmeiras, como a do palmito amargo (Syagrus oleracea) e a brejaúva (Astrocaryum aculeatissimum. O pesquisador diz que o macaco-prego (Cebus apella) e o mono-carvoeiro (Brachyteles arachnoides) comem a polpa do fruto do jatobá e jogam fora as grandes e duras sementes, que depois são comidas ou enterradas longe pelas cutias. Mesmo que uma semente germine embaixo do jatobá, a planta jovem não poderá competir com a adulta por luz e nutrientes. Além disso, quanto mais perto da
planta-mãe, maior a possibilidade de a semente ser comida por outros roedores e porcos-do-mato, atraídos pela quantidade de frutos sob a árvore. "Sem a dispersão pela cutia, vamos ter apenas fósseis vivos: por exemplo, quando um jatobá de 150 anos morrer, não haverá outros em volta para substituí-lo. Isso poderá modificar muito a dinâmica da floresta, num efeito dominó, ocasionando desequilíbrio em toda a cadeia alimentar."
Questões:
1. Represente graficamente as relações de alimentação entre as espécies mencionadas no texto
2. Que outros organismos devem participar dessa cadeia representada no item anterior
3. Explique os comportamentos da cotia que favorecem a dispersão dos frutos do jatobá
4. Explique as conclusões do biólogo, segundo o qual a ausência da cutia animais pode gerar um efeito dominó na teia
alimentar da floresta
5. Justifique o título do texto
Caso 2:
Raposas provocam mudança profunda em ecossistema ártico
Introdução de predadores levou à substituição de gramíneas por tundra em apenas cem anos
Os manuais de ecologia pregam que a introdução de predadores exóticos em ecossistemas pode afetar seu delicado estado de equilíbrio dinâmico e provocar alterações imprevisíveis de grande impacto. Um estudo recente da Universidade da Califórnia em Santa Cruz (EUA) acaba de mostrar a magnitude de uma dessas transformações, resultante da introdução de raposas em algumas ilhas no Círculo Polar Ártico. Os pesquisadores constataram que, em um intervalo de apenas cem anos, os predadores introduzidos
provocaram a substituição de um ecossistema inteiro por outro.
A pesquisa foi feita no arquipélago das Aleutas, que representa um verdadeiro laboratório natural para a realização de estudos desse tipo. No final do século XIX, foram introduzidas raposas do Ártico (Alopex lagopus) em ilhas do arquipélago, para a exploração econômica da sua pele. Em algumas delas, a introdução não teve êxito. Outras não receberam os novos predadores e mantiveram suas características originais. Os pesquisadores compararam os ecossistemas das ilhas com e sem raposas e publicaram os resultados em
25 de março na revista Science.
As ilhas Aleutas são hábitats naturais para milhares de aves marinhas de cerca de 30 espécies diferentes. O excremento dessas aves (guano) é o principal fertilizante do solo vulcânico dessas ilhas, que é pobre em nutrientes e normalmente é coberto por um ecossistema de gramíneas. As raposas gradativamente dizimaram as aves de algumas ilhas, seus solos empobreceram e os arbustos típicos da tundra, mais adaptados à falta de nutrientes, colonizaram a área e passaram a ser a vegetação predominante.
Para comparar os possíveis efeitos da introdução sobre o ecossistema, os pesquisadores coletaram plantas, animais e amostras de solo de 18 ilhas, metade com raposas e metade sem. As coletas foram realizadas durante três anos, sempre no fim da estação de crescimento, em agosto. Para estudar a fertilidade dos solos, foi medida a quantidade de dois nutrientes importantes – fósforo e nitrogênio, além da biomassa total da vegetação.
Os resultados mostraram que as ilhas livres de raposas tinham o solo consideravelmente mais fértil, além de maior biomassa.
Naquelas em que os predadores haviam sido introduzidos, foram encontrados dez vezes mais arbustos típicos de vegetação de tundra dividindo espaço com gramíneas. "O empobrecimento do solo criou uma alteração na relação de competição", explica o biólogo Rogério Parentoni, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Espécies de um ecossistema adjacente mais adaptado à escassez de nutrientes substituíram as gramíneas com uma rapidez impressionante."
Questões:
1. Represente graficamente as cadeias alimentares envolvendo as espécies mencionadas no texto
2. Quais foram as evidências apontadas pelo estudo de que as raposas teriam sido as responsáveis pela modificação do
ecossistema das ilhas?
3. Explique como a presença das raposas foi capaz de alterar a vegetação das ilhas
4. Explique as relações entre gramíneas e tundras em solos pobres das ilhas
5. Você já ouviu casos semelhantes em que a introdução de uma espécie exótica acarreta impactos em um determinado
habitat?
1º ESTUDO DIRIGIDO DE ECOLOGIA
Questão 01- Defina ecossistema como nível de organização. Quais são os fatores bióticos e
abióticos que definem um ecossistema/bioma?
Questão 02- Suponha que em um terreno coberto de capim gordura vivem saúvas, gafanhotos,
pardais, preás e ratos-do-campo. Nesta região estão presentes quantas populações? Pode-se
considerar a descrição deste texto como comunidade ou ecossistema? Justifique suas respostas
com base nos conceitos organizacionais vistos na primeira parte deste estudo dirigido.
Questão 03- Mergulhando em águas costeiras, encontramos em uma rocha algas, cracas,
anêmonas, estrelas-do-mar e ouriços-do-mar. As algas produzem seu próprio alimento. As cracas
ingerem, com água, seres microscópios que nela vivem. As anêmonas comem pequenos peixes
que ficam presos entre seus tentáculos. As estrelas-do-mar prendem seus “braços” os moluscos
contra a rocha e sugam o animal de dentro da rocha. Os ouriços do mar raspam a rocha com seus
“dentes”, alimentando-se de detritos. Em função do que foi descrito e de seus conhecimentos
correlatos, esquematize uma teia alimentar diante os seres vivos desta situação. Quantas cadeias
alimentares existem na teia esquematizada por você?
Questão 04- Quem são os principais produtores da cadeia biológica marinha? Por que se diz que
tais seres são os principais produtores de oxigênio do planeta Terra e não as plantas terrestres?
Questão 05- Do texto abaixo, classifique os organismos dentro de um trofo da cadeia alimentar
(produtor, consumidor primário, consumidor secundário, etc., decompositor)
“As espécies de capim que crescem nos campos da Austrália podem ser diferentes das que
existem na América ou na África, mas todas têm a mesma função: são produtores dos
ecossistemas de campo. Nos campos da Austrália vivem cangurus, nos da África há zebras e na
América do Norte há bisões.”
Questão 06- Geralmente, nas pirâmides ecológicas, a base dos produtores é maior que o corpo e
o pico piramidal correspondente aos consumidores. Qual é a razão desta disposição neste tipo
gráfico (pirâmide) que expressa as relações quantitativas em um ecossistema? Pode haver a
inversão desta pirâmide ecológica? Em que situações? Qual é a razão de ser impossível a
inversão da pirâmide ecológica de energia?
Questão 07- Há 3 tipos de pirâmides ecológicas. Quais são estas? O que cada um dos tipos
expressa em termos de quantidades em um ecossistema no que tange as relações entre os seres
de uma comunidade?
Questão 08- Um dos perigos da utilização de inseticidas clorados é que eles são muito estáveis e
permanecem longo tempo nos ecossistemas. Em vista disso, dada a cadeia alimentar capim
inseto pássaro cobra gavião é de esperar que a maior concentração de DDT por quilo de
organismo seja encontrada em qual trofo? Jusfique sua resposta com base na teoria de
bioacumulação.
Questão 09- julgue as afirmativas abaixo corrigindo os textos incorretos
I. A energia introduzida no ecossistema sob a forma de luz é transformada, passando de
organismo para organismo sob a forma de energia química,
lI. No fluxo energético, há perda de energia em cada elo da cadeia alimentar.
III. A transferência de energia na cadeia alimentar é unidirecional, tendo início pela ação dos
decompositores.
IV. A energia química armazenada nos compostos orgânicos dos seus produtores é transferida
para os demais componentes da cadeia e permanece estável.
terça-feira, 23 de março de 2010
EXERCÍCIO DE CITOLOGIA PROEJA
TÉCNICO DE MEIO AMBIENTE CÁSSIO
QUESTÃO 01
Exposição alemã mostra peixes de regiões abissais
01 de janeiro de 2009
Uma exposição na Alemanha traz à tona seres curiosos das regiões mais profundas dos oceanos. A mostra,
chamada Tiefsee ("Mar Profundo", em tradução livre) oferece um passeio virtual pela escuridão da chamada
zona abissal dos mares. Situada a centenas de metros de profundidade no escuro, é uma das áreas menos
conhecidas do globo, apesar de representar mais de 42% dos fundos dos oceanos.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna(adaptada)
A zona abissal é a região bêntica de grandes profundidades, portanto é uma região afótica.
PROPONHA uma hipótese para a existência de vida nesse ecossistema.
QUESTÃO 02
Assunto: Cadeias e teias alimentares
Um cientista na Amazônia recolheu em uma pesquisa os seguintes dados sobre três espécies como mostra
a tabela a seguir:
Construa uma pirâmide de números e outra de energia
QUESTÃO 03
Assunto: Floresta Amazônica
Estudo americano mostra que o desmatamento na Amazônia tem migrado das florestas mais ralas do sul e
extremo leste amazônico para as áreas mais densas no interior da floresta que apresentam maior
quantidade de biomassa. Analise o esquema.
Fonte:www.lambiental.com.br
a) INTERPRETE a frase: “o desmatamento na Amazônia tem migrado das florestas mais ralas do sul e
extremo leste amazônico para as áreas mais densas no interior da floresta que apresentam maior
quantidade de biomassa”.
b) EXAMINE as consequências do desmatamento para o ecossistema da floresta Amazônica do ponto de
vista da energia que seria produzida.
QUESTÃO 04
Assunto: Cadeias e teias alimentares
Para promover a conscientização sobre a importância de se preservar a Mata Atlântica, biólogos brasileiros
fizeram estudos de análise faunística nesse ecossistema. O resultado da primeira amostragem se encontra
na tabela a seguir:
a) CONSTRUA uma teia alimentar iniciando pelos produtores primários e envolvendo 08 espécies
identificadas na primeira amostragem
b) DETERMINE os níveis tróficos ocupados pelos indivíduos de sua teia alimentar.
QUESTÃO 05
Assunto: Grandes Ecossistemas e Produtividade Primária Bruta.
O sol é a fonte de vida de nosso planeta. Em cada ecossistema, a vida dos vegetais e dos animais depende
do fluxo de energia irradiada pelo sol. Compare os ecossistemas a seguir:
1. Caatinga
2. Campo
3. Cerrado
4. Mata Atlântica
5. Floresta Amazônica
Considerando a produtividade primária bruta (PPB), PODEMOS DIZER QUE
a) 1 apresenta maior PPB do que 2.
b) 3 apresenta menor PPB do que 1.
c) 5 apresenta maior PPB do que 4 e 3.
d) 4 apresenta menor PPB do que 3 e 5.
e) 2 apresenta menor PPB do que 1 e 3.
terça-feira, 16 de março de 2010
Proeja - Exercícios de Membrana
QUESTÃO 01
O bacalhau é um peixe importado e para ser conservado é utilizado o sal de cozinha. Para a sua
preparação é necessário deixá-lo de molho em água, para que o excesso de sal saia e também, para que
a carne seja hidratada.
A saída do sal e, a entrada da água na carne do bacalhau indica que ocorreu, respectivamente:
a) transporte ativo e diálise.
b) osmose e endocitose.
c) difusão e osmose.
d) difusão facilitada e osmose.
QUESTÃO 02
Três hemácias foram colocadas em diferentes concentrações.
Em relação a essas hemácias e ao meio no qual elas foram colocadas, é correto afirmar que:
a) a concentração da solução A é menor do que a concentração da solução B.
b) a concentração da solução C é maior do que a concentração da hemácia.
c) a concentração da hemácia normal é maior que da solução A.
d) A concentração da solução B é maior que da solução A.
QUESTÃO 03
Nos dias quentes transpiramos muito, mas isso não acontece durante os dias frios. A liberação de grande
quantidade de suor ocorre porque a água
a) eliminada é resultante do metabolismo celular elevado pela temperatura.
b) funciona como solvente, retirando os lipídios que são nocivos ao nosso corpo.
c) dissipa o calor , ajudando assim a manter constante a temperatura corporal.
d) dilui os açúcares para que possam ser usados como fonte de energia.
QUESTÃO 04
Leia as afirmativas abaixo.
I. Todo procarionte é unicelular, mas nem todo unicelular é procarionte.
II. Todo animal é pluricelular, mas nem todo pluricelular é animal.
III. Todo vegetal tem clorofila, mas nem todo organismo clorofilado é vegetal.
Escreveu-se corretamente sobre os organismos:
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas III.
d) I, II e III.
QUESTÃO 05
Ao comer pipoca muito salgada os lábios ficam enrrugados porque:
a) as células dos lábios são hipertônicas em relação à pipoca.
b) o sal passa parao interior das células labiais tornando-as murchas.
c) o sal da pipoca faz com que as células labiais percam água para o meio.
d) o transporte ativo do sal provoca a perda de água pelas células labiais.
e) o sal em excesso provoca turgescência nas células da mucosa bucal.
QUESTÃO 06
Quanto ao processo representado Não se pode afirmar que
a) ele depende da diferença de concentração dos meios para ocorrer.
b) em organismos pluricelulares ele tem a função de defesa.
c) ele depende do ATP para a emissão de pseudópodos pela célula.
d) em organismos procariontes ele tem a função de nutrição.
QUESTÃO 07
O desenho esquemático mostra um experimento
que simula o transporte através da membrana.
Baseando-se nesse desenho, responda as
questões propostas.
a) Cite as concentrações do meio 1 e do meio 2.
b) Denomine o tipo de transporte que está
ocorrendo nesse experimento, e dê um exemplo de
substâncias que podem representar o meio 1 e o
meio 2.
quinta-feira, 4 de março de 2010
Conceitos de
Introdução
............A palavra ecologia foi empregada pela primeira vez pelo biólogo alemão E. Haeckel em 1866 em sua obra Generelle Morphologie der Organismen . Ecologia vem de duas palavras gregas : Oikós que quer dizer casa , e logos que significa estudo .Ecologia significa , literalmente a Ciência do Habitat . É a ciência que estuda as condições de existência dos seres vivos e as interações , de qualquer natureza , existentes entre esses seres vivos e seu meio .
Os componentes estruturais de um ecossistema
Os ecossistemas são constituídos, essencialmente, por três componentes:
• Abióticos - que em conjunto constituem o biótopo : ambiente físico e fatores químicos e físicos . A radiação solar é um dos principais fatores físicos dos ecossistemas terrestres pois é através dela que as plantas realizam fotossíntese , liberando oxigênio para a atmosfera e transformando a energia luminoso em química .
• Bióticos - representados pelos seres vivos que compõem a comunidade biótica ou biocenoses . compreendendo os organismos heterótrofos dependentes da matéria orgânica e os autotróficos responsáveis pela produção primária, ou seja, a fixação do CO2.
• Energia – caracterizada pela força motriz que aporta nos diversos ambientes e garante as condições necessárias para a produção primária em um ambiente, ou seja, a produção de biomassa a partir de componentes inorgânicos.
Todos os animais são consumidores . Os animais que se alimentam de produtores são chamados consumidores primários . Os herbívoros , animais que se alimentam de plantas , são , portanto , consumidores primários . Os animais que se alimentam de herbívoros são consumidores secundários , os que se alimentam dos consumidores secundários são consumidores terciários e assim por diante ; Decompositores , Organismos heterótrofos que degradam a matéria orgânica contida em produtores e em consumidores , utilizando alguns produtos da decomposição como o alimento e liberando para o meio ambiente minerais e outras substâncias , que podem ser novamente utilizados pelos produtores .
Histórico
A ecologia não tem um início muito bem delineado. Encontra seus primeiros antecedentes na história natural dos gregos, particularmente em um discípulo de Aristóteles, Teofrasto, que foi o primeiro a descrever as relações dos organismos entre si e com o meio. As bases posteriores para a ecologia moderna foram lançadas nos primeiros trabalhos dos fisiologistas sobre plantas e animais. O aumento do interesse pela dinâmica das populações recebeu impulso especial no início do século XIX e depois que Thomas Malthus chamou atenção para o conflito entre as populações em expansão e a capacidade da Terra de fornecer alimento. Raymond Pearl (1920), A. J. Lotka (1925), e Vito Volterra (1926) desenvolveram as bases matemáticas para o estudo das populações, o que levou a experiências sobre a interação de predadores e presas, as relações competitivas entre espécies e o controle populacional. O estudo da influência do
Ecologia – conceitos fundamentais 3
comportamento sobre as populações foi incentivado pelo reconhecimento, em 1920, da territorialidade dos pássaros. Os conceitos de comportamento instintivo e agressivo foram lançados por Konrad Lorenz e Nikolaas Tinbergen, enquanto V. C. Wynne-Edwards estudava o papel do comportamento social no controle das populações. No início e em meados do século XX, dois grupos de botânicos, um na Europa e outro nos Estados Unidos, estudaram comunidades vegetais de dois diferentes pontos de vista. Os botânicos europeus se preocuparam em estudar a composição, a estrutura e a distribuição das comunidades vegetais, enquanto os americanos estudaram o desenvolvimento dessas comunidades, ou sua sucessão. As ecologias animal e vegetal se desenvolveram separadamente até que os biólogos americanos deram ênfase à inter-relação de comunidades vegetais e animais como um todo biótico. Alguns ecologistas se detiveram na dinâmica das comunidades e populações, enquanto outros se preocuparam com as reservas de energia. Em 1920, o biólogo alemão August Thienemann introduziu o conceito de níveis tróficos, ou de alimentação, pelos quais a energia dos alimentos é transferida, por uma série de organismos, das plantas verdes (produtoras) aos vários níveis de animais (consumidores). Em 1927, C. S. Elton, ecologista inglês especializado em animais, avançou nessa abordagem com o conceito de nichos ecológicos e pirâmides de números. Dois biólogos americanos, E. Birge e C. Juday, na década de 1930, ao medir a reserva energética de lagos, desenvolveram a idéia da produção primária, isto é, a proporção na qual a energia é gerada, ou fixada, pela fotossíntese. A ecologia moderna atingiu a maioridade em 1942 com o desenvolvimento, pelo americano R. L. Lindeman, do conceito trófico-dinâmico de ecologia, que detalha o fluxo da energia através do ecossistema. Esses estudos quantitativos foram aprofundados pelos americanos Eugene e Howard Odum. Um trabalho semelhante sobre o ciclo dos nutrientes foi realizado pelo australiano J. D. Ovington. O estudo do fluxo de energia e do ciclo de nutrientes foi estimulado pelo desenvolvimento de novas técnicas -- radioisótopos, microcalorimetria, computação e matemática aplicada -- que permitiram aos ecologistas rotular, rastrear e medir o movimento de nutrientes e energias específicas através dos ecossistemas. Esses métodos modernos deram início a um novo estágio no desenvolvimento dessa ciência -- a ecologia dos sistemas, que estuda a estrutura e o funcionamento dos ecossistemas.
Conceito unificador
Até o fim do século XX, faltava à ecologia uma base conceitual. A ecologia moderna, porém, passou a se concentrar no conceito de ecossistema, uma unidade funcional composta de organismos integrados, e em todos os aspectos do meio ambiente em qualquer área específica. Envolve tanto os componentes sem vida (abióticos) quanto os vivos (bióticos) através dos quais ocorrem o ciclo dos nutrientes e os fluxos de energia. Para realizá-los, os ecossistemas precisam conter algumas inter-relações estruturadas entre solo, água e nutrientes, de um lado, e entre produtores, consumidores e decomponentes, de outro. Os ecossistemas funcionam graças à manutenção do fluxo de energia e do ciclo de materiais, desdobrado numa série de processos e relações energéticas, chamada cadeia alimentar, que agrupa os membros de uma comunidade natural. Existem cadeias alimentares em todos os habitats, por menores que sejam esses conjuntos específicos de condições físicas que cercam um grupo de espécies. As cadeias alimentares costumam ser complexas, e várias cadeias se entrecruzam de diversas maneiras, formando uma teia alimentar que reproduz o equilíbrio natural entre plantas, herbívoros e carnívoros. Os ecossistemas tendem à maturidade, ou estabilidade, e ao atingi-la passam de um estado menos complexo para um mais complexo. Essa mudança direcional é chamada sucessão. Sempre que um ecossistema é utilizado, e que a exploração se mantém, sua maturidade é
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adiada. A principal unidade funcional de um ecossistema é sua população. Ela ocupa um certo nicho funcional, relacionado a seu papel no fluxo de energia e ciclo de nutrientes. Tanto o meio ambiente quanto a quantidade de energia fixada em qualquer ecossistema são limitados. Quando uma população atinge os limites impostos pelo ecossistema, seus números precisam estabilizar-se e, caso isso não ocorra, devem declinar em conseqüência de doença, fome, competição, baixa reprodução e outras reações comportamentais e psicológicas. Mudanças e flutuações no meio ambiente representam uma pressão seletiva sobre a população, que deve se ajustar. O ecossistema tem aspectos históricos: o presente está relacionado com o passado, e o futuro com o presente. Assim, o ecossistema é o conceito que unifica a ecologia vegetal e animal, a dinâmica, o comportamento e a evolução das populações.
Áreas de estudo
A ecologia é uma ciência multidisciplinar, que envolve biologia vegetal e animal, taxonomia, fisiologia, genética, comportamento, meteorologia, pedologia, geologia, sociologia, antropologia, física, química, matemática e eletrônica. Quase sempre se torna difícil delinear a fronteira entre a ecologia e qualquer dessas ciências, pois todas têm influência sobre ela. A mesma situação existe dentro da própria ecologia. Na compreensão das interações entre o organismo e o meio ambiente ou entre organismos, é quase sempre difícil separar comportamento de dinâmica populacional, comportamento de fisiologia, adaptação de evolução e genética, e ecologia animal de ecologia vegetal. A ecologia se desenvolveu ao longo de duas vertentes: o estudo das plantas e o estudo dos animais. A ecologia vegetal aborda as relações das plantas entre si e com seu meio ambiente. A abordagem é altamente descritiva da composição vegetal e florística de uma área e normalmente ignora a influência dos animais sobre as plantas. A ecologia animal envolve o estudo da dinâmica, distribuição e comportamento das populações, e das inter-relações de animais com seu meio ambiente. Como os animais dependem das plantas para sua alimentação e abrigo, a ecologia animal não pode ser totalmente compreendida sem um conhecimento considerável de ecologia vegetal. Isso é verdade especialmente nas áreas aplicadas da ecologia, como manejo da vida selvagem. A ecologia vegetal e a animal podem ser vistas como o estudo das inter-relações de um organismo individual com seu ambiente (auto-ecologia), ou como o estudo de comunidades de organismos (sinecologia). A auto-ecologia, ou estudo clássico da ecologia, é experimental e indutiva. Por estar normalmente interessada no relacionamento de um organismo com uma ou mais variáveis, é facilmente quantificável e útil nas pesquisas de campo e de laboratório. Algumas de suas técnicas são tomadas de empréstimo da química, da física e da fisiologia. A auto-ecologia contribuiu com pelo menos dois importantes conceitos: a constância da interação entre um organismo e seu ambiente, e a adaptabilidade genética de populações às condições ambientais do local onde vivem. A sinecologia é filosófica e dedutiva. Largamente descritiva, não é facilmente quantificável e contém uma terminologia muito vasta. Apenas recentemente, com o advento da era eletrônica e atômica, a sinecologia desenvolveu os instrumentos para estudar sistemas complexos e dar início a sua fase experimental. Os conceitos importantes desenvolvidos pela sinecologia são aqueles ligados ao ciclo de nutrientes, reservas energéticas, e desenvolvimento dos ecossistemas. A sinecologia tem ligações estreitas com a pedologia, a geologia, a meteorologia e a antropologia cultural. A sinecologia pode ser subdividida de acordo com os tipos de ambiente, como terrestre ou aquático. A ecologia terrestre, que contém subdivisões para o estudo de florestas e desertos, por exemplo, abrange aspectos dos ecossistemas terrestres como microclimas, química dos solos, fauna dos solos, ciclos hidrológicos, ecogenética e
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produtividade. Os ecossistemas terrestres são mais influenciados por organismos e sujeitos a flutuações ambientais muito mais amplas do que os ecossistemas aquáticos. Esses últimos são mais afetados pelas condições da água e possuem resistência a variáveis ambientais como temperatura. Por ser o ambiente físico tão importante no controle dos ecossistemas aquáticos, dá-se muita atenção às características físicas do ecossistema como as correntes e a composição química da água. Por convenção, a ecologia aquática, denominada limnologia, limita-se à ecologia de cursos d'água, que estuda a vida em águas correntes, e à ecologia dos lagos, que se detém sobre a vida em águas relativamente estáveis. A vida em mar aberto e estuários é objeto da ecologia marinha. Outras abordagens ecológicas se concentram em áreas especializadas. O estudo da distribuição geográfica das plantas e animais denomina-se geografia ecológica animal e vegetal. Crescimento populacional, mortalidade, natalidade, competição e relação predador-presa são abordados na ecologia populacional. O estudo da genética e a ecologia das raças locais e espécies distintas é a ecologia genética. As reações comportamentais dos animais a seu ambiente, e as interações sociais que afetam a dinâmica das populações são estudadas pela ecologia comportamental. As investigações de interações entre o meio ambiente físico e o organismo se incluem na ecoclimatologia e na ecologia fisiológica. A parte da ecologia que analisa e estuda a estrutura e a função dos ecossistemas pelo uso da matemática aplicada, modelos matemáticos e análise de sistemas é a ecologia dos sistemas. A análise de dados e resultados, feita pela ecologia dos sistemas, incentivou o rápido desenvolvimento da ecologia aplicada, que se ocupa da aplicação de princípios ecológicos ao manejo dos recursos naturais, produção agrícola, e problemas de poluição ambiental.
Glossário ecológico
ESPÉCIE - é o conjunto de indivíduos semelhantes (estruturalmente, funcionalmente e bioquimicamente) que se reproduzem naturalmente, originando descendentes férteis. Ex.: Homo sapiens,
POPULAÇÃO - é o conjunto de indivíduos de mesma espécie que vivem numa mesma área e num determinado período. Ex.: população de ratos em um bueiro, em um determinado dia; população de bactérias causando amigdalite por 10 dias, 10 mil pessoas vivendo numa cidade em 1996, etc.
COMUNIDADE OU BIOCENOSE - é o conjunto de populações de diversas espécies que habita uma mesma região num determinado período. Ex.: seres de uma floresta, de um rio, de um lago de um brejo, dos campos, dos oceanos, etc.
ECOSSISTEMA OU SISTEMA ECOLÓGICO - é o conjunto formado pelo meio ambiente físico ou seja, o BIÓTOPO (formado por fatores abióticos - sem vida - como: solo, água, ar) mais a comunidade (formada por componentes bióticos - seres vivos) que com o meio se relaciona.
HABITAT - é o lugar específico onde uma espécie pode ser encontrada, isto é, o seu "ENDEREÇO" dentro do ecossistema. Exemplo: Uma planta pode ser o habitat de um inseto, o leão pode ser encontrado nas savanas africanas, etc.
NICHO ECOLÓGICO - é o papel que o organismo desempenha no ecossistema, isto é, a "PROFISSÃO" do organismo no ecossistema. 0 nicho informa às custas de que se alimenta, a quem serve de alimento, como se reproduz, etc. Exemplo: a fêmea do Anopheles (transmite malária) é um inseto hematófago (se alimenta de sangue), o leão atua como predador devorando grandes herbívoros, como zebras e antílopes.
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ECÓTONO - é a região de transição entre duas comunidades ou entre dois ecossistemas. Na área de transição (ecótono) vamos encontrar grande número de espécies e, por conseguinte, grande número de nichos ecológicos.
BIOTÓPO - Área física na qual os biótipos adaptados a ela e as condições ambientais se apresentam praticamente uniformes.
BIOSFERA - Toda vida, seja ela animal ou vegetal, ocorre numa faixa denominada biosfera, que inclui a superfície da Terra, os rios, os lagos, mares e oceanos e parte da atmosfera. E a vida é só possível nessa faixa porque aí se encontram os gases necessários para as espécies terrestre e aquáticas: oxigênio e nitrogênio.
Distinguimos em ecologia três grandes subdivisões: a auto-ecologia, a dinâmica das populações e a sinecologia. Estas distinções são um pouco arbitrárias mas têm a vantagem de ser cômodas para uma exposição introdutória.
- A auto-ecologia (Schroter, 1896) estuda as relações de uma única espécie com seu meio. Define essencialmente os limites de tolerância e as preferências das espécies em face dos diversos fatores ecológicos e examina a ação do meio sobre a morfologia, a fisiologia e o comportamento. Desprezam-se as interações dessa espécie com as outras, mas freqüentemente ganha-se na precisão das informações. Assim definida, a auto-ecologia tem evidentemente correlacionamentos com a fisiologia e a morfologia. Mas tem também seus próprios problemas. Por exemplo, a determinação das preferências térmicas de uma espécie permitirá explicar (ao menos em parte) sua localização nos diversos meios, sua repartição geográfica, abundância e atividade.
- A dinâmica das populações (ou Demòkologie dos autores alemães, Schwertfeger, 1963) descreve as variações da abundância das diversas espécies e procura as causas dessas variações.
- A sinecologia (Schroter, 1902) analisa as relações entre os indivíduos pertencentes às diversas espécies de um grupo e seu meio. O termo biocenótica (Gams, 1918) é praticamente um sinônimo. O estudo sinecológico pode adotar dois pontos de vista:
1. O ponto de vista estático (sinecologia descritiva), que consiste em descrever os grupos de organismos existentes em um meio determinado. Obtém-se assim conhecimentos precisos sobre a composição especifica dos grupos, a abundância, freqüência, constância e distribuição espacial das espécies constitutivas.
2. O ponto de vista dinâmico (sinecologia funcional), com dois aspectos. Porte-se descrever a evolução dos grupos e examinar as influências que os fazem suceder-se em um lugar determinado. Pode-se também estudar os transportes de matéria e de energia entre os diversos constituintes de um ecossistema, o que conduz às noções de cadeia alimentar, de pirâmides dos números, das biomassas e das energias, de produtividade e de rendimento. Esta última parte constitui o que se chama a sinecologia quantitativa.
Outras subdivisões da ecologia levam em consideração a natureza do meio e correspondem aos três grandes conjuntos da biosfera: a ecologia marítima, a ecologia terrestre e a ecologia límnica. A natureza dos organismos e os métodos de estudo são geralmente muito diferentes nesses três meios, embora em muitos casos os princípios gerais sejam os mesmos. E' preciso abandonar a divisão antiga entre ecologia animal e ecologia vegetal, que separava arbitrariamente organismos que guardam entre si estreitas inter-relações. Se um pesquisador
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se limita ao estudo dos vegetais ou ao dos animais é unicamente por motivo da impossibilidade material que uma só pessoa tem de abordar os dois campos.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Aula de fotossíntese
domingo, 31 de janeiro de 2010
VOCÊ CONHECE UM MINISTRO
Você sabe o nome de um ministro?
Se você sabe, parabéns, você não é um brasileiro comum.
A Ipsos colocou esta questão a pessoas de 70 cidades brasileiras, envolvendo nove regiões metropolitanas. Mesmo nas classes A/B, mais escolarizadas, metade (48%) não sabia --a média geral é de 34%, sendo que entre os mais pobres o percentual cai para 20%. Dados semelhantes foram encontrados quando se perguntou o nome de um deputado e um senador.
A tradução disso é óbvia --e mais uma vez mostra como estamos longe de uma democracia mais participativa. Se os indivíduos, mesmo os mais escolarizados, desconhecem o nome do ministro, certamente acompanham ainda menos sua atuação.
Se o cidadão não sabe citar o nome de um deputado ou senador, é indicativo de que esqueceu em quem votou.
O resultado é um sinal de como a política está longe dos brasileiros --e aqui está uma das raízes da incompetência e da roubalheira.